O que é um protetor bucal?
O protetor bucal é um equipamento de proteção para a boca, dentes e tecidos vizinhos. Sua função é diminuir a frequencia e gravidade das lesões orais.
Estudos são realizados sobre a necessidade do uso de protetores, sua eficácia e métodos de confecção desde 1930.
Para um protetor bucal ser considerado bom ele deve possuir as seguintes características:
– Proteger as estruras que precisam de proteção;
– Manter-se em posição;
– Não possuir odor ou gosto desagradável;
– Ser atóxico;
– Não atrapalhar funções do atleta, como respirar ou falar.
Durante décadas muitos materiais foram estudados e experimentados. Atualmente o materials mais aceito pela comunidade científica é o EVA, que preenche os requisitos de um bom protetor bucal.
O mais importante é ver o protetor bucal como um equipamento para a prevenção de lesões, portanto não como uma mercadoria. Para saber mais informações sobre protetores bucais procure um cirurgião-dentista ou entre em contato conosco.
Tipos de protetores bucais
Os protetores bucais podem ser classificados em 3 tipos, de acordo com a ASTM:
– Tipo 1 (Protetor de estoque)
São protetores com tamanho definido (P, M ou G), sua única vantagem é o preço, pois tem pouca adaptação aos tecidos orais. Essa falta de adaptação faz com que o protetor não tenha muita eficácia e se solte facilmente.
-Tipo 2 (Aquece-e-morde)
Possuem tamanho definido, porém podem ser moldados à boca do atleta. Normalmente é colocado em água quente e depois levado a boca para se adaptar. É um pouco mais caro que o de estoque, e tem uma adaptação um pouco melhor, mas ainda não suficiente.
– Tipo 3 (Individualizado)
Confeccionado por um cirurgião-dentista é o que possuí maior adaptação, portanto oferece maior proteção e conforto. Pode ser confeccionado com uma ou mais lâminas. O custo é mais elevado do que os demais, mas suas qualidades justificam o investimento.
A Onone Protetores Bucais confecciona apenas o protetor bucal do tipo 3, tanto com uma lâmina como o multilaminado.
O que é protegido?
A principal função de um protetor bucal é exatamente a proteção.
Mas quais são as lesões que ele é capaz de proteger?
Didaticamente, as lesões às estruturas do complexo maxilo facial serão divididas em:
- Lesões em tecidos moles;
- Fratura de coroa;
- Fratura de raiz;
- Deslocamento de dentes;
- Fratura de bases ósseas.
1- Lesões em tecidos moles:
Por tecidos moles devemos entender todas as estruturas que não são compostas por ossos ou cartilagem, tais como a língua, bochecha e lábios. Essas lesões são as mais comuns e, normalmente, as de maior facilidade na resolução, sendo em sua maioria lesões não permanentes. Os tratamentos mais comuns são apenas parar o sangramento e limpar a região, em alguns casos mais graves há a necessidade de “dar pontos”. O protetor bucal impede o impacto forte entre o tecido mole e os dentes, evitando lesões mais sérias.
2- Fratura de dentes
Um dente pode ser divido em duas partes: coroa e raiz.
A coroa possuí três estruturas diferentes: polpa, dentina e esmalte;
E a raiz pode ser dividida em três porções: terço cervical, médio e apical.
2.1- Fraturas de coroa:
Os dentes incisivos superiores são os mais afetados por fraturas na prática esportiva. Muitas vezes a fratura não causa dor intensa e pode haver pouca perda de estrutura, porém, essa perda é irreversível. As fraturas podem lesionar três estruturas diferentes da coroa:
A- Fratura de esmalte: Normalmente o tratamento necessário é a realização de uma restauração superficial.
B- Fratura de esmalte + dentina: Já é necessária a realização de uma restauração mais extensa, e pode haver a necessidade de tratamento de canal.
C- Fratura de esmalte + dentina e envolvimento da polpa (nervo): Na maioria das ocasiões será necessária a realização do tratamento de canal e uma restauração maior, por vezes, até a confecção de uma coroa total.
2.2- Fratura de raiz:
A raiz do dente pode fraturar em três regiões diferentes, sendo elas:
D- O terço cervical: um tratamento possível é o tratamento de canal seguido pela confecção de um núcleo e coroa total.
E- O terço médio: normalmente o de resolução mais difícil. Em muitos casos o dente é extraído e colocado um implante no local.
F- O terço apical: há grande chance de que com apenas um tratamento de canal o problema seja resolvido.
Abaixo estão dois desenhos esquemáticos mostrando exemplos das fraturas de coroa e raiz e outro demonstrando os exemplos de tratamento mais comuns:
Exemplos das fraturas
Exemplo dos tratamentos
3- Deslocamento de dentes:
Os dentes podem sofrer luxações (lateral, intrusiva ou extrusiva) ou até a avulsão (“queda” do dente). Seu tratamento é muito variável, podendo ser composto apenas por um reposicionamento do dente e uma contenção temporária, pela necessidade de um tratamento de canal, ou até pela remoção do dente e colocação de um implante e uma coroa protética.
Abaixo estão dois esquemas mostrando exemplos das luxações e possíveis tratamentos:
A- Luxação lateral
C- Luxação intrusiva
D- Luxação extrusiva
F- Avulsão
Tratamento
4- Fratura das bases ósseas:
Esse tipo de lesão é mais raro de ocorrer na prática esportiva, mas existem relatos de fratura da maxila (osso superior) e da mandíbula (osso inferior) em atletas durante atividade física. Mas mesmo esses grandes impactos podem ser amenizados por um protetor bucal, fazendo com que a força que atinge o osso seja menor, impedindo uma fratura ou lesão mais grave.